24 janeiro 2009

"Aquele beijo"


Tenho saudades do tempo em que tudo era simples, um tempo no qual eu me via cercado de novidades, cercado de pessoas intuitivas que seguiam seu coração, que eram abertas à felicidade. Hoje em cada rosto com sorriso meigo reparo com descrença a verdade que ele esconde, tantos rostos diferentes com tantas histórias repetidas. Sinto saudade da época em que um beijo não era somente um beijo, essa coisa tão especial entre pessoas especiais se tornou algo fútil, inútil, que apenas serve para numerar suas "conquistas noturnas". Me lembro, e quem é mais jovem vai estranhar, que beijar significava muito, me lembro do dia seguinte ao "beijo", mas "aquele beijo" naquela garota especial, que você recordaria sempre e sempre. Hoje se beija e mal se lembra o nome, ou mesmo a fisionomia da garota, ela é apenas mais um número para você contar aos amigos e, infelizmente, não é diferente às garotas, elas se alinharam ao ato de "beijar o mais que puder", se orgulham disso e são cúmplices na banalização do beijo. As pessoas eram novas, diferentes e se orgulhavam de se diferenciar, hoje só vejo rostos... rostos meigos, mas que no fundo guardam a mesma história de sempre, a indiferença no jeito de amar!

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