22 fevereiro 2009

Dica de Classe II

Pra não dizerem que eu vou ficar aqui indicando bandas só da Austrália (fazer o quê, é o país onde se faz o melhor rock/pop do mundo), resolvi indicar um som que tenho curtido muito na Oi FM, é Ladyhawke, codinome da cantora neozelandesa Pip Brown. Ah, já entreguei a surpresa, isso mesmo, se os bons sons do mundo saem da Austrália o primeiro lugar onde param é logo na vizinha Nova Zelândia. O álbum da moça não é tão novo assim, foi lançado em março de 2008, mas como as rádios daqui preferem ficar repetindo músicas do que aprimorar o bom gosto musical da moçada, então vale a pena conferir. Pra quem não sabe "Ladyhawke", ou "O Feitiço de Áquila", como foi nomeado no Brasil, é um filme de grande sucesso na década de 80 e a cantora de 27 anos, que busca naquela década inspiração para suas músicas, adotou-o como pseudômino.
 
Antes de partir para a carreira solo e "encarnar" Ladyhawke, Pip Brown passou pela banda australiana "Teenager" e por sua compatriota "Two Lane Backtop". Bom, não sou crítico musical pra ficar dizendo isso ou aquilo das composições da moça, mas o som é muito bom, principalmente "Paris is Burning" que ilustra esta dica e "My Delirium". Ambas você pode curtir no canal Youtube da moça. O site oficial de Ladyhawke também é um belo delírio, parece ter sido feito por mim (haha). Visite-o! E pra ouvir uma amostra desse álbum lançado ano passado, taí embaixo um "Megamix" que achei navegando na web, UP no som e divirta-se.

03 fevereiro 2009

Demonstre-se


Noutra noite dessas estava eu passando os olhos pelos canais de TV quando parei em uma cena perdida no meio de um filme que sequer sei o nome. Na cena, o pai de determinada garota conversava com seu genro, que acabara de descobrir-se, traíra-a. O rapaz, após ser abandonado pela garota, fôra até a casa dos pais dela, onde ela foi buscar conforto, justificar-se e implorar que ela voltasse. O pai resolve então conversar com o rapaz, que se justifica dizendo que errou, mas que "a ama". Nesse ponto o pai da garota o interrompe e diz: "O que você sente pelas pessoas não importa a elas, só importa a você, a elas importa o que você faz por elas." Refleti sobre isso, e comecei a encaixar esse raciocínio aos relacionamentos que tive na vida. De fato, essa é uma das frases mais inteligentes que eu já ouvi. Mais incrível ainda é que, poucos dias depois, eu estaria vivenciando uma situação onde exatamente as palavras foram umas e as atitudes foram outras. Os sentimentos não se expressam por palavras... nunca. Nunca se expressam por palavras. Desse modo, abandone aquele jargão: "Você já disse Eu Te Amo à pessoa que você ama hoje?" e adote: "Você já amou a pessoa que você ama, hoje?" Meu pai completará neste ano 75 anos, tudo que sou devo a ele, respeito-o pela sua trajetória de luta, amo-o por tudo que me proporcionou e pelos caminhos que me guiou, mas isso só interessa a mim, pois, de nada adianta para ele eu sentir tudo isso, ou mesmo dizer-lhe tudo isso se, ao menos uma vez por mês, não passar lá na casa dele numa tarde qualquer e levá-lo tomar um café comigo, conversarmos sobre nosso querido Tricolor do Morumbi e passearmos pelo Shopping. Não, efetivamente, de nada adianta eu ligar para ele e dizer-lhe palavras lindas, sobre o quanto o amo, ele até ficará envaidecido, mas maior demonstração de amor e afeto será o que eu posso fazer por ele. Assim é com minha filha, com meus amigos e a pessoa que eu amo. Palavras são fáceis, nos vem à boca muitas vezes de maneira vã, afetam as pessoas, mas se perdem tão rápidas quanto apareceram. Atitudes ficam para sempre, modificam as pessoas, não apenas as marcam. O que seria do "Eu Te Amo" sem um beijo? Do "Como vai" sem um aperto de mão? Ou do "Há quanto tempo!" sem um abraço? Por isso, mude de atitude, ou melhor, tome uma atitude, desconfie das palavras, desconfie de quem as diz sem a convicção da ação, melhor do que dizer "eu vou mudar" é mudar sem dizer nada.